sexta-feira, 27 de junho de 2008

Das Dores de Verão

As vezes que me pego de súbito pensando em você
é sempre a mesma história...
Uma canoa, uma mochila, um livro e uma cama.
Descendo vamos por um rio de paixão,
este cheio de curvas que revelam algumas pedras
fazendo da descida uma aventura,
fazendo da canoa um refúgio e loucura.
Paramos as margens de uma mata atlântica
com a singeleza de uma corsa.
Quanto mais por ela entramos maior ela vai ficando.
Não existem pessoas ali, somente alguns animais nocivos e
a vegetação com pomos maduros ao alcance das nossas mãos.
Exploramos um vale cheio de flores de cores jamais vistas antes,
em uma repentina euforia de desejos corremos descalços sem
Assombros do desconhecido ou receio do medo.
A noite cai quando estamos em meio a arvores de copeiras largas,
Na penumbra os vaga-lumes indicam um caminho que segue até
a cama branca que no centro de uma campina se encontra,
banhada de lua cheia, debaixo de um pé de manga.
E de tanto caminhar, cansada deita no lençol macio e descansa.
Da mochila tiro um livro grosso de histórias longas.
Ouvindo cada história você sorrindo dorme um sono profundo,
vira-se abraça o travesseiro e sonha, mas quando acorda
está em seu quarto, deitada em sua cama.
Kayo Ribas

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